Reproducimos o resultado dun cuestionario que foi enviado aos partidos galegos que concorren ás eleccións do 21 de outubro en Galiza e que foi publicado no blog de Casdeiro, promotor da recollida de sinaturas online en contra do plan fumigatorio de Aspapel e os seus compinches.
A pregunta
1) Que medidas vai tomar o voso partido ou coalición, se alcanza responsabilidades de goberno, para impedir as fumigacións co pesticida Cascade en Galicia.
2) Que outras medidas relativas ao uso de pesticidas químicos pensades poñer en marcha se gobernades na Xunta, en especial as relativas a pesticidas tóxicos para as abellas e outros insectos polinizadores.
A resposta dos partidos galegos
- Compromiso por Galicia (CxG) (Responde: Sede Nacional):
1. En caso de ter responsabilidades de goberno, proibiriamos inmediatamente a utilización dese pesticida en novas fumigacións, e a paralización das xa permitidas.
2. Proibiriamos a utilización de pesticidas químicos altamente tóxicos, promoveriamos a diminución do uso de pesticidas químicos en xeral, procurando optar por medidas menos agresivas apra o medio, e neste caso concreto, apra os insectos polinizadores, elo fundamental da cadea trófica.- Partido da Terra (PT) (Responde: José Tubio, responsável de desenvolvimento programático):
1) Que medidas vai tomar o vosso partido ou coligação, se alcança responsabilidades de governo, para impedir as fumigações com o pesticida Cascade na Galiza.
Convém, antes de responder, avaliar os precedentes. Um componente do Cascade foi proibido pouco mais um mês depois de se iniciarem as fumigações. A empresa fabricante subministrou gratuitamente o stock de Cascade, ao que não lhe ia poder dar saída comercial só semanas mais tarde. Quem pagou os tratamentos aéreos foi Aspatel, a Associación Española de Fabricantes de Pasta, Papel e Cartón, mas esses tratamentos efetivaram-se em todo tipo de propriedades e afetando ao conjunto do ecossistema, não apenas ao Gonipterus, de modo que só com o consentimento dos proprietários, poderiam ter sido levados para a frente, sendo ilegal em caso contrário. Ou bem, através da atuação administrativa sob o amparo das normativas de proteção contra pragas. Eis o papel da Junta ao serviço dos interesses dum grupo de pressão dum setor industrial concreto. E o que vale para este setor, vale para qualquer outro.
De facto, desde há décadas a Junta veio subsidiando as plantações monoespecíficas de eucalipto, inclusive quando eram altamente rendíveis para os proprietários devido ao preço que pagava a indústria. Uma vez inundado o mercado de eucalipto o preço caiu drasticamente. De jeito que o principal papel da atuação administrativa foi – neste e noutros âmbitos – o de servir aos interesses dos grupos de pressão dominantes na matéria, neste caso subsidiando com dinheiro público a queda dos preços dum insumo industrial.
Aclarado esta questão, qualquer atuação futura do Partido da Terra viria dada por uma resposta imediata dando cabo do papel de serviço do grande capital e dos grupos de pressão que hoje têm as administrações. Ora, o mais relevante das nossas posturas programáticas não radica na insubornabilidade circunstancial – “se nós governarmos” -, mas em tornarmos insubornável o sistema político no que vivemos, através da introdução da democracia direta. A experiência demonstra que é muito fácil subornar – quase sempre legalmente, entenda-se – a classe político-administrativa por parte de quem detém o poder, ao tratarem-se, no fim das contas, de poucas pessoas. O que é muito difícil – ou impossível – é subornar uma coletividade. A todos e a todas. De modo que, se em vez de depender da Junta a decisão de fumigar propriedades privadas e mancomunadas, dependesse das paróquias e/ou comarcas e das mancomunidades, só em caso de verdadeira necessidade e de verdadeiro serviço aos interesses das respectivas comunidades é que se teria adoptado uma decisão assim. De certeza, neste caso, não teria acontecido.
2) Que outras medidas relativas ao uso de pesticidas químicos pensais por em andamento se governáseis na Junta, em especial as relativas a pesticidas tóxicos para as abelhas e outros insetos polinizadores.
Para além do já indicado na primeira questão, cabe dizer que as competências do governo autonómico sobre pesticidas são bem cativas, ficando em mãos do governo espanhol e também da UE. É nestes âmbitos onde se dão as guerras entre os grupos de poder da indústria química e onde os ganhadores conseguem as autorizações administrativas dos seus produtos, reproduzindo-se o funcionamento já explicado: um pequeno número de pessoas a decidem sobre centos de milhões. A modo de exemplo, o Cascade foi legal durante anos, apesar da sua toxicidade e ilegalidade atual, o que se traduziu em vendas e benefícios industriais enormes e em toxicidade impune para pessoas e ecossistemas.
O que lhe cabe à Junta é decidir sobre a utilização de pesticidas (que por natureza, são tóxicos) em determinados supostos legais, como a luta contra pragas e doenças. Aqui, novamente, cabem duas respostas, uma circunstancial e precária e a outra de futuro e sólida. O importante não é só que o Partido da Terra seja contra a utilização administrativa em massa de pesticidas tóxicos ao serviço de interesses ocultos, que o é. Cabe lembrar que fomos das primeiras organizações políticas em dar o nosso apoio à Plataforma contra as Fumigações. O importante é mudarmos as formas de fazer política para que decisões como estas não fiquem em mãos da burocracia e dos políticos ao serviço dos grupos de poder, mas nas mãos de todas as pessoas envolvidas na decisão, que devem, como pessoas livres, adultas e responsáveis, decidir por si próprias. Inclusive errando, porque dos erros também se aprende. Reclamarmos um papel de pastoreio por parte da Junta é deixarmos em mãos dos interesses económicos e políticos hegemónicos a nossa vida. O que devemos é recuperar a capacidade de nos governarmos diretamente. Nisso consiste o núcleo fundamental do programa político do Partido da Terra.
- Bloque Nacionalista Galego (BNG) (Responde: Alberte Souto Souto, Gabinete de Estudos do BNG)
respecto das cuestións plantexadas sobre as fumigacións, as propostas do BNG consisten en adoptar unha redución xeralizada do uso de pesticidas, herbicidas e fitosanitarios, nuns casos, a través do fomento de métodos de produción alternativos e sustentábeis, noutros prohibindo o emprego de determinados produtos que teñen demostrado un dano ambiental. No caso das fumigacións masivas, o BNG adoptará as medidas normativas a executivas precisas para impedilas, en base ao principio de precaución.
- Partido dos Socialistas de Galicia (PSdeG-PSOE) (Responde: Ana Doval Fraíz, Secretaria de Medio Rural da Comisión Executiva Nacional Galega)
sobre o posicionamento do PSdeG-PSOE sobre o uso de pesticidas, en concreto do CASCADE e que tan nocivo é para o noso hábitat, quero transmitirche que a nosa forza, de chegar a gobernar, manterá a mesma belixerancia que a amosada ata o de agora no Parlamento de Galicia contra o uso de pesticidas e produtos químicos que atentan ao noso hábitat e non contan con todas as garantías que esixe a normativa comunitaria. Actuaremos en dous frentes, non usando nin permitindo o uso deste pesticida desde a administración e concienciando as comunidades de montes e propietarios sobre a importancia da loita contra as plagas desde a sostibilidade.
- Alternativa Galega de Esquerdas (AGE) (Responde: Lino C. Vila, da secretaría de medioambiente de Esquerda Unida)
1) Que medidas vai tomar o voso partido ou coalición, se alcanza responsabilidades de goberno, para impedir as fumigacións co pesticida Cascade en Galicia.
Evidentemente nós prohibiríamos a fumigación con este tipo de produtos. Lembremos que a comercialización do flufenoxuron foi prohibida pola Comisión Europea por consideralo un produto tóxico, persistente e bioacumulable. Un produto destas caracteristicas é nocivo, non soamente para a biodiversidade, se non que tamén representa unha ameaza para a saúde humana polo perigo de contaminación dos acuíferos.
2) Que outras medidas relativas ao uso de pesticidas químicos pensades poñer en marcha se gobernades na Xunta, en especial as relativas a pesticidas tóxicos para as abellas e outros insectos polinizadores.
Como non pode ser doutra maneira, buscaríamos, sempre de acordo con estudos científicos e sen arbitriariedades, o xeito menos nocivo para a biodiversidade de combater as plagas, incluindo, tamén coas debidas precaucións, a loita biolóxica.
Consideramos prioritaria a prevención. A praga do goníptero é a consecuencia lóxica do monocultivo do eucalipto promovido durante anos polos distintos gobernos da Xunta de Galicia. Unha solución a longo prazo pasa por limitar os monocultivos e recuperar a biodiversidade dos nosos montes, nos que actualmente as plantacións de pino e eucalipto ocupan o 75% da súa superficie. É necesaria unha xestión do monte que o teña en conta como o complexo ecosistema que é, non unicamente como produtores de madeira.
- Non contestaron: Partido Popular de Galicia (PP), Converxencia XXI, PCPE, M+J, Piratas de Galicia, Hartos, Democracia Ourensana, Demos, Partido Animalista (PACMA) e outros que foron contactados mediante formulario ao non dispoñer dun email visible. E salientable que o correo de Sociedad Civil y Democracia nin tan sequera funciona e a miña pregunta chegoume rebotada por erro do enderezo.
Este domingo temos a oportunidade de facer escoitar a nosa voz en contra das fumigacións de maneira contundente nas urnas. Cos apoios que xa amosaran algunhas destas formacións cando puxemos en marcha a Plataforma e mais estas respostas dadas en campaña, deberiamos ter información abondo para saber que papeletas servirán para poñer freo ao flufenoxurón e cales non.